domingo, 9 de outubro de 2011


PESQUISA NACIONAL DE DEMOGRAFIA E SAÚDE DA CRIANÇA E DA MULHER – PNDS/2006: DADOS SOBRE ATIVIDADE SEXUAL E ANTICONCEPÇÃO


A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) traça um perfil da população feminina em idade fértil e das crianças menores de cinco anos no Brasil. Em 2006, foi realizada a sua terceira edição. A maior parte dos dados foi coletada por meio de entrevistas domiciliares, realizadas com cerca de 15 mil mulheres entre 15 e 49 anos que vivem em áreas urbanas e rurais, nas cinco regiões brasileiras (BRASIL, 2008b).
Nos últimos 10 anos, verificou-se que as mulheres estão começando sua ativi­dade sexual cada vez mais cedo, o mesmo sucedendo com a prática da anticoncep­ção (BRASIL, 2008b).
Até os 15 anos, em 2006, 33% das mulheres entrevistadas já haviam tido rela­ções sexuais, valor que representa o triplo do verificado na PNDS realizada em 1996. Por sua vez, 66% das jovens de 15 a 19 anos sexualmente ativas já haviam usado algum método contraceptivo, sendo que o preservativo (33%), a pílula (27%) e os injetáveis (5%) foram os mais utilizados (BRASIL, 2008b).
A pesquisa verificou que a imensa maioria das mulheres já fez uso de algum método anticoncepcional, sendo esse percentual de quase 100% entre as não unidas sexualmente ativas maior que entre as atualmente unidas. A camisinha masculina e a pílula são os métodos mais citados. Chama ainda a atenção que quase 29,1% das mulheres atualmente unidas e 11% das sexualmente ativas não unidas recorreram à esterilização feminina. Em torno de 20% das mulheres, em todos esses grupos, usa­ram injeções. O percentual das que tiveram experiência com a pílula do dia seguinte alcança 23,2% no grupo das não unidas sexualmente ativas, no qual quase 5% já usaram a camisinha feminina (BRASIL, 2008b).
Na PNDS/2006, o perfil de uso de métodos anticoncepcionais, segundo o tipo de método, para todas as entrevistadas, as mulheres unidas e as não unidas sexualmente ativas, foi o seguinte: o percentual de mulheres que usam atualmente algum método é ex­tremamente alto, alcançando mais de 80% entre as unidas. Praticamente todas as entre­vistadas que regulam a fecundidade utilizam métodos anticoncepcionais modernos: 29% das atualmente unidas estão esterilizadas, 21% utilizam pílulas, 6% recorrem à camisinha masculina, 5% têm o companheiro vasectomizado e apenas 3% usam métodos tradicio­nais (BRASIL, 2008b).


Na Tabela 1, é apresentado o uso atual de anticoncepcionais:
Tabela 1: Distribuição percentual de todas as mulheres, mulheres atualmente unidas e mulheres não unidas sexualmente ativas usando algum método, segundo o tipo de método. PNDS 2006.
Método **
Uso atual
Todas as mulheres
Mulheres atualmente unidas
Mulheres não unidas, sexual­mente ativas*
Algum método
67,8
80,6
75,2
Métodos modernos
65,2
77,1
73,3
Esterilização feminina
21,8
29,1
10,9
Esterilização masculina
3,3
5,1
0,1
Pílula
22,1
24,7
30,3
DIU
1,5
1,9
1,3
Injeção contraceptiva
3,5
4,0
4,4
Implantes
0,1
0,1
0,4
Camisinha masculina
12,9
12,2
26,0
Camisinha feminina
0,0
0,0
0,0
Diafragma
0,0
0,0
0,0
Creme, óvulos vaginais
0,0
0,0
0,0
Pílula do dia seguinte
0,0
0,0
0,1
Método tradicional
2,4
3,2
1,6
Tabela / abstinência periódica / Billings
0,8
1,1
0,6
Coito interrompido
1,5
2,1
1,0
Outro método***
0,2
0,3
0,3
Não está
usando método
32,2
19,4
24,8
Número de casos
15.575
9.989
2.838


EXTRAÍDO DE: BRASIL. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.


POSTADO POR: Eliandra

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